Acadêmica: Teresinha Mützenberg Manica - 11301984
Atividade 4 – Autor e Leitor
Tarefa A
O narrador inicia o conto com uma reflexão: em que pessoa deverá ser narrado o texto, se é em primeira, segunda ou terceira do plural, e continua colocando questionamentos quanto a máquina de escrever e a máquina fotográfica a ser usada. Será que a forma de colocar o conto no papel vai fazer diferença? Para o leitor não interessa, o que interessa é a história
em si. Já o narrador é extradiegético, ou seria intradiegético? No desenrolar do conto ele acaba fazendo parte da história, mesmo que indiretamente, ao fotografar o casal ele é apenas um observador, mas quando a mulher percebe que está sendo fotografada e corre atrás dele para conseguir as fotos, ele entra na história porque é ele que tem as fotos, e acaba se envolvendo amorosamente com ela. No entanto, é ele que tem a voz e está fornecendo as informações da história, descreve as personagens e nos faz imaginar o lugar em que os fatos acontecem e até nos faz imaginar como são as personagens. E o autor do texto, quem é? Seria o narrador? De acordo com Foucault em: O que é o Autor?, diz que o autor não existe, ele é apenas figurativo,
“O nome próprio e o nome do autor estão situados entre os dois pólos de descrição
e de designação.” Assim sendo, o nome do autor é apenas um elemento do discurso, ele é essencial, porque só ele pode delimitar os textos, excluir e opô-los a outros, mesmo assim o autor não exerce a mesma função em todos os textos.Em textos literário o nome do autor não é essencial, no entanto, o leitor busca saber quem o escreveu, mas em textos científicos há a necessidade de se saber o nome do autor afim de averiguar a veracidade do texto. Isso tudo pode mudar de acordo com a época.
Tarefa B
Lendo o conto de Cortazar percebi que a história contada está organizada dentro em uma construção de temporalidade de um relato em que o tempo do discurso se elabora em termos formais, gramaticais e estilísticos, o que contribui ao tempo em que a história é narrada. O conto tem como base a personagem (mulher) que mesmo sendo mais velha, investe em um relacionamento amoroso aproximando-se de um adolescente, ela forca sua aproximação com o garoto que parece não querer muito. Esta informação nos é passada pelo narrador, um fotógrafo que registra tudo, deixando muito suspense com relação aos fatos. Já no filme Bow-up, a história é semelhante a do texto, porém inverte a situação do casal, o homem é mais velho do que a mulher. O encontro do casal também acontece num parque/praça assim como no conto. A mulher do filme ao perceber que está sendo fotografada, corre atrás do fotógrafo para conseguir as fotos, impedindo que elas sejam publicadas, porém não as consegue e acaba se envolvendo amorosamente com o fotógrafo. Ao analisar as fotos ele descobre um crime, envolvendo-se acidentalmente no assassinato. Ele, um fotógrafo de moda, que indiretamente é chamado a sair de sua inércia, deixando de adotar uma postura passiva e ir em busca de respostas. O filme consegue levar o espectador ao mundo da imaginação, além do que está mostrando, retrata a magia do cinema e desperta grandes emoções. As cenas, até aquelas não exibidas, se tornam reais quando o fotógrafo vê em uma quadra de tênis duas pessoas jogando, sem bolas nem raquetes. Participando da cena quando devolve a bola imaginária e ouve o som da mesma tocando o chão.